Sábado, 1 de Março de 2008

ASSOCIAÇÕES PATRONAIS QUEREM PODER DESPEDIR PARA RENOVAR QUADROS DAS EMPRESAS!!!

João Manuel Rocha
 
Patrões lançam ofensiva a favor de maiores possibilidades de despedimento. CGTP diz que Livro Branco agrava aspectos negativos da lei

 

As confederações patronais da indústria e do comércio querem que as empresas passem a poder despedir trabalhadores quando pretendam renovar os seus quadros de pessoal.

 

"Não raro, as empresas estão ape­nas carecidas de trabalhadores dife­rentes e não de menos trabalhadores. É essa renovação que também se tem de possibilitar", defende a Confede­ração da Indústria Portuguesa (CIP), num parecer ontem divulgado sobre
Livro Branco das Relações Laborais, documento que vai servir de base à revisão do Código do Trabalho.
Para a organização patronal di­rigida por Francisco Van Zeller, a possibilidade de despedir não pode limitar-se a casos de motivos discipli­nares, de inadaptação do trabalhador ou de necessidade de reduzir pesso­al, "daí que a renovação do quadro deva ser integrada como fundamen­to legitimador" para a dispensa do trabalhador.
A confederação do Comércio e Serviços (CCP) vai no mesmo sentido. Os despedimentos devem ser permitidos quando "se pretenda a reestrutura-ção da empresa e a renovação do per­fil do trabalhador afecto ao posto de trabalho", argumenta.
"Na prática, traduz-se na renova­ção do quadro de pessoal sem redu­ção de postos de trabalho", alega a CCP nas suas propostas para a revi­são da lei laborai, cujo conteúdo foi divulgado pela agência Lusa.
No seu parecer, a CIP defende igualmente o alargamento das pos­sibilidades de despedimento por
inadaptação. Para além da intro­dução de modificações no posto de trabalho deve ser considerada a "perda de capacidades por parte do trabalhador, com reflexos na produtividade ou qualidade do seu desempenho".
A futura revisão do Código do Trabalho deve também, para a confederação da indústria, estabelecer tectos para as indemnizações por cessação de contrato de trabalho. Esses valores, alega, "revelam-se, com frequência, absolutamente incomportáveis face às disponibi­lidades financeiras das empresas". Outra das ideias defendidas pela CIP é a redução para "limites razoáveis" das compensações pela prestação de ' trabalho suplementar.
A Confederação do Turismo pro­nunciou-se também sobre o Livro Branco e criticou, segundo a Lusa, o facto de, em seu entender, a ques­tão da flexi-segurança não ter sido devidamente encarada. O documento não consagra o tratamento especifíco a dar a cada sector de actividade, refere.
As centrais sindicais CGTP e UCT entendem que o Livro Branco prevê o acentuar dos aspectos mais gravosos da legislação laboral. "Prefigura uma alteração do Código do Trabalho, não no sentido de corrigir aspectos gra­vosos por este introduzidos, mas no sentido de os agravar ainda mais", acusou a CGTP.
Os parceiros tinham até ontem para fazerem as suas sugestões ao Ministério do Trabalho, o qual de­verá apresentar uma proposta de alteração ao Código do Trabalho até ao fim do mês.
in "Público"
 
publicado por Solidário às 23:15
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4 comentários:
De Solidário a 13 de Fevereiro de 2008 às 22:36
APARTES I

Apetece-me reflectir, porque a necessidade política e os comportamentos aos quais estou atento, a isto me obrigam.
O Governo diz que os demais idade já não produzem e com o nome de flexibilidade procura pô-los numa prateleira que nem dourada é.
Mas no sindicalismo pela a qual todos os trabalhadores têm lutado jamais pensei que CGTP também estivesse num período de renovação e então também os de 60 anos já não servem para entrar na luta sindical, afinal o queé que se passa, o queé isto? Então e que dizer quando for a FESTA DO AVANTE e se encontrarem camaradas trabalhando e mantendo a festa com 60 e mais anos, então também estes têm de ser renovados, porque se é velho para uma situação, ter-se-á que ser para todas, este é o grito de tristez, de revolta, de raiva de um Homem de esquerda que muito têm trabalhado para que outros se sintam e vejam que os velhos também lutam. Aqui fica o meu vómito de raiva, revolta e de reflexão muito séria que me levará não me calar, a não aceitar sectarismos, tão pouco sacanagem, fiquei farto dela em 24 de Abril de 1974.
Boa Noite CAMARADAS
jÁ NÃO PRESTAMOS , MAS NÃO SERÁ COM O NOSSO SILÊNCIO QUE COM FACILIDADE NOS CALARÃO.


De Solidário a 6 de Março de 2008 às 08:15
APARTES II A razão, nem sempre é a razão, para que tal seja verdade tem que ser reflectida. Esta reflexão exige, de todos os LICENCIADOS, uma exigência maior pelas responsabilidades a que estão obrigados a transmitir, nas suas carreiras sobretudo na de Professores 1ª reflexão que testemunho estão a dar aos EDUCANDOS, COM TODO O DESRESPEITO QUE OUSAM DEMONSTRAR.2ºComo observam os EDUCANDOS, o comportamento dos que consideravam pessoas respeitáveis, os seus PROFESSORES. 3ºPorventura já puseram em cima da mesa ou em discussões, qual a avaliação que pretendem ou entendem como justa? Cada vez mais, todos nós somos enredados num estilo de vida, com a qual nem sempre conseguimos lidar. mas não deixa de ser verdade que nos esquecemos do testemunho que nos é exigido, quando alguém que quer PROTAGONISMO DIZ-NOS QUE O DOMÍNIO ESTÁ NAS NOSSAS MÃOS. TAMBÉM FUI PROFESSOR NO colégio Nuno Álvares em Tomar, e depois no Bartolomeu dias em Sta Iria da azóia. E nunca vi um desrespeito desta ordem, e meus caros amigos sou de ESQUERDA, MAS NÃO SECTÁRIO, SÓ COMO O QUE QUERO E BEM DELINEADO


De Karina a 7 de Março de 2008 às 18:59
Querido Amigo, venho cá dar-Lhe uma palavrinha sobre emprego.
Todos nós temos queixas do trabalho, mas somos os primeiros a tentar esmagar o trabalhador ao nosso lado.
Vivemos do diz que disse e do apontar do dedo.
Aqueles que querem desenvolver um trabalho sério muitas vezes começam a perceber que colocam em causa motivações que podem por em causa o seu próprio posto de trabalho.
Concordo que os "patrões" devam ter meios para resolução de conflitos e possam reestruturar a empresa de forma a aumentar a sua produtividade e com certeza que isso não passa por uma forma mais fácil e rápida de despedimento.
Passa sim por um boa área de recursos humanos e uma gestão mais orientadas para o desenvolvimento profissional do trabalhador.
Hoje já existem muitas maneiras de se despedir um trabalhador, o problema passa em dar ao trabalhador o que ele tem direito.
Quando o gestor gere com base em números, dificilmente terá uma boa equipa porque antes de mais, somos seres humanos com vontade própria e quando nos encontramos desmotivados, obviamente produzimos menos, quando percebemos que não passamos de um número.
Não interessa se sou de esquerda ou direita, sou acima de tudo a favor da igualdade, da justiça e contra a exploração. Lamento que quem tem um cartão politico siga o que um partido diz, tornando-se por vezes sectário, é tão bom ou igual aqueles que critica.
Meu Amigo, receba os meus mais respeitosos cumprimentos e um beijo de carinho. Obrigada pela verticalidade.


De lutaefesta a 14 de Março de 2008 às 12:52
Cada vez é mais fácil despedir..
Tudo o que foi sendo conquistado por quem trabalha está a ser desmantelado...


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