Olho para esta flôr, que por acaso gosto bastante, pela sua beleza, harmoniosa, quando a observo retrocedo no tempo e como a mesma me faz lembrar coisas tão bonitas que outros se as estivessem visto, talvez não tivessem a ousadia de a conotar com algo com que a mesma não tem nada a ver.
Recordo com saudade uma criança em pontas de pés colocando no cano de uma espingarda, uma flôr, que por acaso era um cravo e vermelho(a mensagem que retiro deste gesto que vi e que jamais esquecerei é como aquela criança dizendo "derrubai o regime que nos oprime para que eu possa vir a ter uns sapatos, mas não matai ninguém!!", foi como tapar o cano da espingarda para que ela não pudesse disparar e a alegria de um POVO LIVRE pudesse ser uma realidade, que coisa linda, sabia lá a criança se era um cravo, uma rosa, um malmequer ou uma flôr campestre!
O que ela sabia de facto é que tinha que tapar aquele cano que podia matar outréns. Quando reflicto nisto as lágrimas saltam porque vi aquele povo na rua alegre, gritando sem cessar, LIBERDADE, LIBERDADE!!! Sabem Amigos era 25 de Abril de 1974...