Minha MÃE,
Gostava mas não consigo, descrever o Amor que sinto por ti Mãe.
Olho o teu retrato, e relembro as coisas lindas e "feias" que partilhamos. O Teu sofrimento, foi francamente terrível visualiza-lo.
Mas senti ainda mais terrível, o conhecimento que tinhas, de que ias deixar a vida, e partir para um mundo desconhecido. Assim aconteceu naquele terrível dia 19 de Julho de 1958.
Limito-me hoje a procurar na memória imagens Tuas, o Teu rosto lindo, que nem o sofrimento conseguiu apagar.
Não quero recordar mais nada. Sei apenas que estive sempre ao Teu lado a assistir à Tua estoicidade e rebeldia contra a morte que te rondava.
Fos-Te uma lutadora, soubeste sempre enfrentar os reveses da Vida. Com uma coragem que, em mim, se esgota só em recordar.
Se estivesses c á hoje nesta terra de ninguém, ficavas perplexa.
Sabes mãe? É que tudo mudou, são mães de aluguer, da clonagem, da inseminação artificial, um sem número de modernices.
Também hoje existem mães que abandonam os filhos... que batem nos mesmos... por amor?... Acreditas Mãe que por amor se bata em alguém (indefeso), tabefes, palmadas, estaladas... Por amor? Amor? mas sabes mais Mãe, é que até a mais alta Jurisprudência entende isto por normal.
É a hipocrisia dos tempos. Mas quando nos encontramos um dia, contar-te-ei em pormenor.
Até lá Adeus MÃE,
Um beijo do Teu filho,
Que Te ama muito.
. ESTE SENHOR ALARGA O CINT...
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